O PIERCING É INOFENSIVO?
Não. Apesar de ser um ornamento cada vez mais comun e aceito pela sociedade, a sua colocação é um procedimento invasivo e a presença de um metal na pele pode provocar algumas reações.
QUAIS SÃO AS CHANCES DE COMPLICAÇÕES?
Quantificar as chances é muito difícil pois varia muito para de cada tipo de complicação e depende muito de cada organismo. No geral as chances são baixas, mas o procedimento nunca deve ser subestimado pois o piercing pode causar infecção local, dermatite de contato, reação de corpo estranho (rejeição), quelóide, cisto epidermico, cicatrizes inestéticas e discromias (manchas). E ainda, embora raro atualmente, pode transmitir doenças infecto-contagiosas como hepatite e aids se não forem respeitadas normas rigorosas de esterilização e uso de materiais descartáveis.
HÁ ALGUMA REGIÃO DO CORPO ISENTA DE INFECÇÃO?
Não. Por romper as barreiras naturais de proteção da pele o orifício criado pela passagem do piercing é uma porta de entrada para bactérias externas ou até mesmo da própria pele, principalmente o Estafilococos Aureus e Estreptococos.
HÁ ALGUMA PARTE COM RISCO DE INFECÇÃO MAIS EMINENTE? QUAL E PORQUÊ?
Sim, as mucosas (língua e região urogenital por exemplo) são regiões naturalmente com flora bacteriana mais abundante sendo portanto mais susceptíveis a infecções. Entretanto se não forem respeitados cuidados rigorosos de antisepsia pelo colocador do piercing e de cuidados após o procedimento pela pessoa em que foi colocado qualquer região corporal estará sujeita a infecção.
LUGARES QUE COLOCAM O ACESSÓRIO, MESMO QUE TENHAM BASTENTE HIGIENE, ISENTA TOTALMENTE O RISCO DE COMPLICAÇÕES?
Não. Os cuidados de higiene e antisepsia feitos por quem coloca o piercing diminuem muito o risco de infecção no local. Mas os cuidados da pessoa em casa também são fundamentais para prevenir a infecção. Existem ainda complicações que são técnico-dependentes, ou seja, depende do jeito que foi colocado e ainda outras que surgem por uma reação do próprio organismo da pessoa e são muitas vezes imprevisíveis e independem de cuidados tanto na colocação quanto após o procedimento
QUAIS SÃO OS RISCOS MAIS COMUNS, POR EXEMPLO, PARA QUEM PRETENDE COLOCAR O PIERCING NA PELE DE CIMA DA ORELHA E/OU LÍNGUA?
Na orelha a complicação mais frequente é o aparecimento de quelóide, uma reação cicatricial exagerada da pele e que pode atingir tamanhos semelhantes até ao de uma bolinha de ping-pong. Esta reação pode ser tratada de várias formas pelo dermatologista mas tem grande possibilidade de recidiva. Já na língua as complicações mais comuns são infecção, reação alérgica e alargamento exagerado do orifício, principalmente pelo ato comun de manipular o piercing dentro da boca.
O QUE VOCÊ DIRIA PARA AQUELES QUE PRETENDEM SE TORNAR ADEPTOS DO ACESSÓRIO?
Façam com consciência e responsabilidade. Escolham um local com boas referências e que tenham confiança quanto a esterilização dos instrumentais. Se surgir alguma reação fora do normal consulte um dermatologista.